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O feroz combate à Operação Lava Jato e a hipocrisia das lideranças dos movimentos sociais

Após o fim dos “anos de chumbo” da ditadura militar, principalmente após a promulgação da Constituição de 1988, a famosa “Constituição Cidadã”. Sem sombra de dúvidas, a Operação Lava Jato foi e está sendo o maior combate ao sistema corrupto que se instalou no país.

Nunca na história desse país poderíamos acreditar que os ‘barões’ das empreiteiras, os ricos e poderosos empresários e políticos corruptos seriam presos, literalmente enjaulados.

Sob forte pressão e ataques desferidos por todos os lados, principalmente pelos Poderes Executivo, Legislativo e principalmente Judiciário, a Lava Jato tem resistindo o que pode.

Os dois maiores ataques partem do Poder Legislativo (Câmara e Senado) e do Poder Judiciário (leia-se STF através dos seus ministros Gilmar Mendes Ferreira (nomeado por Fernando Henrique Cardoso), Ricardo Lewandowisk (nomeado por Lula), Celso de Melo (nomeado por José Sarney), Rosa Weber (nomeada pela Dilma Rousseff), Dias Toffoli (nomeado por Lula), e Marco Aurelio Mendes de Farias Mello (nomeado por Collor de Mello), todos nomeados por ex-presidentes envolvidos até o pescoço em crimes de corrupção, inclusive alguns encarcerados, como no caso de Lula. É óbvio que esses ministros não têm o menor compromisso com o povo. O compromisso deles é com a classe corrupta.

Sob o falso argumento de resguardar o texto constitucional, a hipocrisia impera no STF, com seus ministros, salvo raras exceções, criando mecanismos jurídicos visando a libertação dos criminosos de colarinho branco na apreciação da prisão em segunda em segunda instância. Eles esquecem que “todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”, de Ulisses Guimarães, e que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” (Parágrafo Único da CF/88.)

O que nos deixam estarrecidos é a omissão dos movimentos sociais organizados tais como a OAB, a ABI, o movimento sindical, o movimentos artísticos, os ditos intelectuais, entre outros. Os ditos intelectuais, com raras exceções, quando se manifestam, o fazem contra a Lava Jato. Em sua maioria não emitem opinião nem contra, nem a favor. É aquela história dos três macaquinhos…

Os parlamentares identificados com os partidos de “esquerda”, PT, PCdoB, PSB, PDT, que deveriam dar o exemplo, de forma no mínimo hipócrita, se posicionam contrários à Lava Jato, defendendo interesses pessoais e de seus patrocinadores, leia-se empreiteiros, banqueiros e das grandes empresas nacionais e estrangeiras.

A classe artística, que outrora atuava diretamente nos movimentos de resistência a ditadura, hoje se mantém omissa, ou seja, distante do povo e na maioria contra a Lava Jato.

E os sindicatos, onde e em que lado estão... Com certeza não estão ao lado dos povos, dos trabalhadores. Não conseguiram barrar a violenta “reforma trabalhista” e não estão conseguindo barrar a “reforma previdenciária”. E por que não? Porque não conseguiram mobilizar os trabalhadores para o enfrentamento, e porque não conseguiram mobilizar os trabalhadores, pois estão mais preocupados com seus interesses pessoais, entre os quais suas estabilidades no emprego, e porque suas lideranças, assim como os parlamentares ditos de “esquerda”, têm posicionamento contrário à Lava jato, consequentemente a favor da corrupção. Não tem outra explicação.

O movimento sindical, que sempre esteve à frente das lutas sociais e reivindicatórias esteve tão distante dessas lutas, e ainda está se distanciando, pois, afinal, foram 13 anos de imobilismo e peleguismo, e agora não tem organização e credibilidade junto aos trabalhadores para mobilizá-los para os enfrentamentos e lutas por mais emprego e por um país sem corrupção.

Já dizia Thomas Jefferson: “Quando as pessoas temem o governo, isso é tirania. Quando o governo teme as pessoas, isso é liberdade.”

Ou: “O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente, de modo que os grandes homens são quase sempre homens maus” (Lord Acton).

 

Dr. Carlos Augusto Martins Aguiar
 

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